Novembro Azul: homens também precisam cuidar da saúde

Cuidados com o bem-estar masculino deveriam ser prioridade ao longo de todo o ano

Mais do que uma campanha de conscientização sobre o câncer de próstata, que é o segundo mais comum entre os homens – mas também é prevenível e, em caso de diagnóstico precoce, curável –, o Novembro Azul funciona como um lembrete para que homens de todas as idades cuidem de sua saúde.

É claro que tudo o que se divulga sobre a doença em si e sobre como preveni-la e tratá-la é de suma importância. Porém, o incentivo para que os homens adotem uma postura preventiva diante da saúde é essencial para que possamos, aos poucos, mudar um comportamento que é prejudicial para eles, e que também impacta todos à sua volta: o de não priorizar a saúde.

Origem e impactos

Historicamente, os homens e a masculinidade são associados à ideia de força física e psíquica, com negação de vulnerabilidades e fraquezas como a própria possibilidade de adoecer. Isso faz com que, frequentemente, cuidados para manter a boa forma física, mental, emocional e espiritual sejam, de certo modo, menosprezados, geralmente sob a desculpa da falta de tempo.

Dessa forma, os homens se colocam sob risco, afinal, a tendência é que as doenças sejam descobertas em fase mais avançada. Tomando o próprio câncer de próstata como exemplo, as chances de cura são de 90% quando o diagnóstico é feito no início, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). No entanto, é justamente nessa fase que a doença costuma ser assintomática, o que exige medidas proativas para a detecção.

Quando a saúde física não vai bem, os recursos mentais e cognitivos também diminuem.

Os homens colocam-se também em situação de estresse e desgaste, já que, quando a parte física não está bem, os recursos mentais e cognitivos são afetados. Isso traz consequências para as relações pessoais e profissionais e para o desempenho no dia a dia.

Embora adotar medidas de autocuidado preventivas possa parecer uma perda de tempo e dinheiro para uns, a verdade é que o custo para se recuperar de uma doença costuma ser muito maior, isso sem falar do sofrimento e impacto nas vidas de todos que os rodeiam, pessoalmente ou profissionalmente, tanto em termos emocionais, nas rotinas, além dos financeiros. Ao não se cuidarem, colocam inclusive em risco a sua própria capacidade de cuidar dos seus.

Novembro Azul e saúde do homem: como mudar?

O primeiro passo é, justamente, criar consciência sobre essa situação, como faz a própria campanha do Novembro Azul. Nesse sentido, aqueles que são impactados por esse comportamento, que não é apenas masculino, podem contribuir para manter o tópico “na mesa” por um período mais longo do que o próprio mês.

Na vida pessoal, companheiras/os, filhos e amigos/as podem retomar a conversa sobre saúde para que o tópico se torne comum– e até para que meninos dessas famílias cresçam com uma percepção diferente e um entendimento sobre a importância do cuidado com a saúde. As organizações, por sua vez, além de promoverem conversas e campanhas, podem adotar políticas de incentivo a hábitos de vida saudáveis como a prática de exercícios físicos, consultas médicas preventivas, além de talvez generalizar os já comuns check-ups anuais, normalmente para a alta gestão, para outros níveis da organização etc.

Por fim, é válido lembrar que cabe principalmente a cada indivíduo tomar para si essa responsabilidade e ter a iniciativa. Sempre pensamos que azares e doenças só acontecem com outros e que somos eternamente saudáveis, só que não. A prevenção e cuidado regular com a saúde previnem toda uma série de impactos negativos, além de criarem condições para uma vida mais saudável, plena e leve, com mais momentos de satisfação e realização pessoal e profissional.

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