Cultivar esse sentimento deve ser uma prioridade no nosso dia a dia
Em meio à rotina agitada e cheia de compromissos que muitos de nós vivenciamos, amor próprio é uma questão que tende a ser deixada de lado. Com as múltiplas atividades e responsabilidades cotidianas, é comum não termos tempo, energia ou mesmo disposição para pensar em nós mesmos e refletir se esse sentimento está presente em nossas vidas. No entanto, uma coisa é certa: se quisermos ser mais felizes, realizados e saudáveis, é fundamental compreender o que é o amor próprio e cultivá-lo diariamente.
Algumas pessoas costumam associar esse sentimento ao egoísmo, ou seja, ao comportamento de quem tem um apego exagerado por seus interesses, opiniões e desejos, sem levar em conta as necessidades do outro. Dessa forma, acreditam que cultivar o amor próprio significa pensar somente em si mesmas e fazer algo por outro indivíduo apenas quando for possível obter alguma vantagem. A verdade, porém, é que não existe nenhuma relação entre as duas coisas. Continue a leitura e entenda melhor!
Afinal, o que é amor próprio?
Amar a si mesmo é, acima de tudo, respeitar-se, conhecer-se e valorizar-se. Por isso, o amor próprio está diretamente ligado ao autoconhecimento, autoconsciência, autoconfiança e autoestima. Quando cultivamos essas competências, descobrimos, em primeiro lugar, quais são nossos recursos internos, ou seja, qualidades, defeitos, limites, conquistas e habilidades. Também passamos a reconhecer as coisas que podemos e não podemos controlar. Assim, por um lado, começamos a aceitar e valorizar a nós mesmos como realmente somos, com todas as características e imperfeições, sem nos sentirmos rebaixados ou inferiores às outras pessoas. Por outro lado, não nos conformamos em permanecer sempre da mesma maneira, pois sabemos que há aspectos em que podemos melhorar em todas as esferas da vida. Portanto, ter amor próprio também significa ter uma mentalidade de crescimento, buscar evoluir, enxergar os erros como oportunidades de aprendizado e estar atento a novas possibilidades.
Outro ponto fundamental em relação ao amor próprio é que ele nos permite respeitar nossos limites e “dizer não” quando necessário. Assim, nos tornamos mais capazes de reconhecer e abrir mão de pessoas, situações e relacionamentos que, de alguma maneira, fazem mal à nossa vida ou saúde. Isso nos proporciona, sem dúvida, mais satisfação, felicidade e equilíbrio. Além disso, praticar o amor próprio também é exercitar a coragem de envolver outras pessoas em nosso desenvolvimento pessoal, ou seja, buscar diferentes visões, ideias e opiniões positivas que podem nos agregar valor.
Como cultivar o amor próprio?Pode parecer clichê, mas é verdade: o amor próprio começa nas pequenas atitudes do dia a dia. É importante, por exemplo, ter momentos de autorreflexão sobre nossas ideias, sentimentos, ações, desejos e necessidades. Isso fortalece a autoconsciência, ou seja, a habilidade de olhar para dentro de nós mesmos, saber quem somos e o que queremos. Por consequência, nos ajuda a responder às situações de forma mais saudável e condizente com nosso “eu” interior. Além disso, faz toda a diferença tirar um tempo para realizar atividades que nos proporcionem felicidade e satisfação pessoal – não importa o quanto elas pareçam simples.
Cultivar boas relações com as pessoas é outra medida que contribui para nosso amor próprio: afinal, relacionamentos saudáveis também nos trazem bem-estar e felicidade. Para isso, é importante ter sempre uma comunicação baseada no respeito, empatia, diálogo e escuta ativa, além de exercitar o perdão. Não podemos esquecer, ainda, que precisamos ser gentis conosco, o que inclui ser flexível com nossos próprios erros e limitações, não aceitar relacionamentos e situações que prejudiquem nosso bem-estar, acreditar em nosso potencial e trabalhar sempre para atingir nossa melhor versão. Exprimir gratidão também nos ajuda a valorizar o que já temos, fazemos e somos. Por fim, a saúde física não pode ser deixada de lado: ações de autocuidado, como praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada, ter uma boa qualidade de sono e fazer exames de rotina também fortalecem o amor-próprio.