Avaliar o ano que passou é essencial para planejar o ano seguinte, mas a análise do progresso melhora com balanços parciais
À medida que o fim do ano se aproxima, incluímos em nossas listas de tarefas uma série de atividades que nos preparam para a finalização deste ciclo e o início do próximo. Uma delas é o balanço de fim de ano, um resgate do que foi feito ao longo do período para avaliar se os objetivos foram cumpridos e identificar como manter o desenvolvimento pessoal e profissional.
Mais do que uma lista do que foi feito e do que ficou para trás, das metas alcançadas ou não, o balanço consiste em um olhar reflexivo sobre o ano que passou. É isso nos permite tomar consciência sobre o momento em que estamos e o que está agregando valor às nossas vidas, ou seja, que medidas trazem resultados e que objetivos fazem sentido, para que possamos, então, delinear os planos para o ano que está por vir.
Assim, não é difícil entender a importância deste momento para todos nós, especialmente para quem busca estar em constante evolução. No entanto, para que ela cumpra com seu potencial, são necessárias outras ações. Fazer um planejamento para que possamos confrontar os planos com o que foi de fato concretizado é uma delas. Por isso, é importante registrar os planejamentos anuais e mantê-los guardados.
Outra questão é não deixar esses momentos de avaliação e reflexão apenas para o fim do ano. Um exemplo prático ajuda a entender o porquê: eu, como nadadora de águas abertas que vou sair de um ponto A para um ponto B, preciso, de alguma forma, avaliar meu progresso ao longo do trajeto para garantir que, apesar das ondas e correntes, esteja avançando como planejado em direção ao ponto B. Se não o fizer, pequenos desvios de direção, durante períodos mais longos de braçadas sem levantar a cabeça, podem se refletir em uma grande diferença de direção lá mais para a frente, que vai exigir um esforço maior de recuperação e influenciar meu tempo e distância percorrida, ou seja, minha eficácia e eficiência.
O mesmo acontece na condução de nossas vidas pessoais e profissionais. Dessa forma, tão importante quanto fazer uma análise mais abrangente ao fim de cada ano é estabelecer um hábito de “pequenos balanços” em momentos de passagem ao longo do ano. Eles podem ser tri ou quadrimestrais, por exemplo, ou relacionados a datas como aniversários ou mudanças de estações do ano. O mais importante ao definir a frequência é considerar o objetivo em si e a necessidade de monitoramento do progresso atrelado a ele.
Balanços parciais para metas parciais
Assim como a avaliação anual, os balanços parciais devem ser contrapostos a metas para que seja possível medir o progresso feito até ali e verificar ajustes de rota. Por isso, na hora de planejar o novo ano, é importante dividir os grandes objetivos em ações menores, como se faz no gerenciamento de projetos e como e quando vai medir. Isso contribui, inclusive, para tornar os objetivos mais palpáveis – e não o fazer diminui a probabilidade de sucesso.
Com as metas parciais em mãos, a análise deve ser feita nos momentos programados. Assim como no fim do ano, é importante observar além do que foi cumprido ou não, ponderando sobre que ações trazem resultado, que metas ainda fazem sentido com o passar do tempo e que mudanças podem ser implementadas para alcançá-las.
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